quarta-feira, fevereiro 25, 2009

E que tal um passeio













sábado, fevereiro 21, 2009

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Estou tão cansada de falar em monologo. estou certa de que alguém me ouve, mas nunca poderei estar certa se me entende ou o que pensa sobre o que digo.

Falta tão pouco

Daqui a 3 meses a minha vida vai mudar. Até lá parece que o tempo parou. Nada posso fazer neste momento sem ser esperar. No entanto não me sinto paralizada, não me sinto bloqueada, nada disso. Talvés um pouco preocupada pelo facto de não fazer dinheiro, mas bastante satisfeita por dentro. Só tenho que fazer aquilo que tenho vontade de fazer. Posso finalmente descansar, daqui a meses já não vou poder descansar tanto, por isso agora sinto-me em pleno direito de não me preocupar, de relaxar. Posso não dormir à noite a pensar nos pequenos detalhes da questão financeira, mas isso não passa de um estado alheio, também não me consegue abalar tão profundamente. A situação até podia ser de desespero, mas o desespero já pasou, neste momento não há nada a fazer. Não vale a pena correr porque isso não vai valer de nada. A verdade é que, independentemente de tudo o resto, daqui a três meses algo maravilhoso vai aocntecer, um novo ser vai ver a luz do dia. Em relação a esse acontecimento todos os outros factotes perdem a importância. Està quase tudo pronto, faltam apenas alguns retoques que em três meses se arranjam sem esforço. O resto depois logo se vê.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Mergulhar

Será que já não sabe a mar
O rebentar das ondas quentes
Ausentes para não falar
(para não falhar...)
Olhar... Aquele olhar...
Desvia-se da solidão, 
Para se perder na multidão
Há um tempo, adocicado e seco
E perde-se aquele olhar

Perdem-se na confusão,
As ondas transparentes
Some-se o cheiro a mar
O rum começa a reinar
A praça gira com a plateia
Ouvem-se vozes a chegar
E num mergulho em apnea
Eu tento registar o vento
E depois ver os grãos de areia
Vencer o tempo...

Confunde-se o cheiro a mar
Confunde-se no respirar
O ar lotado prevalence
Sombras frivolas se escondem
Entre as fontes, atrás dos montes
Observo o vento
Mal o consigo apanhar
Espero uma brisa ao final do dia
Que traga o sabor a mar
Emaranhada nesta empatia
Serei capaz de distinguir por fim
Aquilo que se preservou em mim
Que traz o mar no seu olhar...

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Uma Parcela de Vida

Um caminho, uma porta, um círculo dourado
O fogo encaracolando as chamas do cabelo
Uma língua imaginária, um circuito fechado
A água que alimenta um desejo frio e belo
Uma chave,  janela para o sombrío nublado
Ao longe o por do sol, do outro lado a lua prateada

Penetro intensamente o olhar no céu
Arrasto para lá o meu labirinto de vidro
O meu olhar rasteiro, olhar distante e cerrado
Sinto-me sem importar com nada do que é meu
Estou farta de olhar o céu e desse olhar desconfiado
Não há barreira nenhuma entre futuro e passado

Parece que não sei se haverá alguma solução
Para incentivar locomoção do dia a dia encarcerado
As mãos vasulham os meus bolços à procura da razão
E os pés buscam no solo um caminho liso e arranjado
Parece não haver motivação,  de olhar para o lado
No meio deste caos decontrolado, perde-se de antemão

Conserva-se a ilusão cansada de sorrisos falsos lá do alto
Desejo leve, flutua entre as cores desse ruivo ondulado 
Forte sensação, esperança ardente, ou quase transparente
Provavelmente se compõe assim o som da imaginação
Enquanto a alma se prepara confiante para dar o salto
Ouve-se o brilhar das láminas no passo abafado da respiração

Falam-se dialectos inventados, para não dar a conhecer
Mostram-se cores vivas, iluminando apenas a fachada
Fingem-se emoções, imaginando o amor e a paisagem
Sem nunca dar passagem, no interior não há mais nada
Vazío distante, imerso nesse frio constante faz esquecer
Não há mais nada a fazer, esperar, esconder aquela imagem

Deliberadamente devolvo o olhar à terra estranha
Emaranhada nas memórias imaginadas e pensamentos
Algures nos aposentos, como se fosse uma teia de aranha
Consome-se à luz da vela a nebulina vinda antes da janela
E surge uma porta azul abrindo e desvendando os momentos
Sem exclamação nem artfício, a vida, apenas uma parte dela

 

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Há Tempo


Segues um caminho longo e solitário
O teu precurso, que tu proprio traçaste
Olhas em frente, olhas para quem te rodeia
Falas, e naquilo que fazes pretendes ser solidário.

Mas quando as barreiras no caminho te aborrecem
As ofenças que atiras para o ar, são para quem
Olha à tua volta, se vires alguma porta trancada
Não te esqueças, foste tu que a trancaste


Não te lamentes das provocações que te apanham
Nem das injustiças que te acompanham.
Se te esconderes ou te vitimizares, és tu que perdes
És tu que paras de seguir o teu caminho
Arranjando desculpas esfarrapadas, atirando culpas


Por te sentires distante e solitário,
Por desperdiçares forças sempre inutilmente soldário
Ou apenas por preguiça de andar, ou de tentar
Passos em frente, serão passos que se esquecem?

A barreiras são para ultrapassar, as portas para abrir.
As alternativas são para procurar e encontrar
O precurso é longo e solitário, mas estarás sozinho?
Há momentos para rir, há momentos p'ra andar.
Há momentos p'ra parar, para pensar.

sábado, fevereiro 07, 2009

Quem !?

Quem?
será que alguém viu,
será que alguém prestou atenção,
será que existe alguma certeza,
sobre a certeza de tudo aquilo que está a acontecer:
















quinta-feira, fevereiro 05, 2009



quarta-feira, fevereiro 04, 2009



Rebento a existência
Rebentos verdes
Num mundo pálido
Da vida suburbana

Liberta-se a essência
As almas quentes
Que entre as árvores
Se cruzam no quaotidiano

São rios fluentes
Que se estendem
Poindo pedras duras
Da planície mundana

Nós somos o centro do mundo

A nossa paciência, o nosso empenho, o nosso esforço são recompensados a um nível difícil de imaginar enquanto não for alcançado. Por esta razão é difícil manter a pressistência ao máximo.
São água para as nossas raizes, sól para as nossas folhas. Crescemos como árvores cobrindo o que nos rodeia com os nossos ramos.
Quando percebemos porquê torna-se fácil manter firme a postura sobre a vida. Porque o nosso tronco já é suficientemente grosso e não se deixa abalar com o vento.
Na nossa presença a paisagem ganha sentido e quanto mais formos mais vivo fica o ambiente em que vivemos

Passado

São histórias do outro mundo
São cânticos vindos do além
Memorias de um passado bem profundo
Esquecidas outrora por alguém
È assim que as recordo
Me foram contadas por um pássaro mudo
Sobrevoando um céu azul moribundo

As nuvens mostram-nos vidas passadas
São águas estagnadas
E nós não sabemos a sua linguagem
Voando por cima de nós
Elas estão de passagem
Jamais neste mundo
Encontraremos estalagem

Sonhamos o dia a dia
Esquecemos que foi
E como seria

Talvez a memória um dia
Nos venha falar de magia
E venha contar como foi
E como seria
O caminho da alma sem guia

As nuvens, vapores do meu pensamento
Transformam em chuva o grande tormento
Que lava a terra do seu sofrimento
Sem nunca falar como foi
E como seria…

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Isto é apenas uma canção mas fala tanto

Voaram os contos de fadas como voou a infância escondendo-se por detrás de um biombo negro. Eu sacudo a cinza para este céu cinzento.
Não, já não é aquele tempo, já não é aquele céu em que podiamos simplesmente sorrir sem saber que mais tarde ele estaria cinzento.
Se fizessemos tudo o que devemos e não recordassemos... Se nos escondessemos na almofada e não recordassemos... Se olhassemos para o céu cinzento sem nos recordarmos que ele já foi azul...
Só que isso náo irá ajudar aqueles que gostam de pintar cores. Não, já não é aquele tempo em que podiamos simplesmente sorrir. Temos que amar alguém, e temos que conseguir viver depois disso, e voltar novamente...

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Chuva

Que chuva
ela não para
dia após dia
chuva e mais chuva
ela molha tudo
os meus olhos choram
sinto em todo o lado
a humidade

que chuva
será que ela nunca para
vejo os campos alagados
dia após dia
vejo o céu nublado
ensopa o meu ser
e chove mais e mais
já não aguento

que chuva
chuva que me agonia
que me magoa
já não a posso suportar
já passa o tempo de parar
que dá vontade de gritar
chuva que não me inspira
que me afoga o peito

chuva para
por favor suplico
para de cair
para de molhar
já nem consigo respirar
transbordam cheios
os meus potes
para, já chega

que chuva
já se torna em pesadelo
um monstro molhado
que inunda a alma
que turva a visão
arrelia-me a calma
murcha-me o coração
já não suporto vê-la

Oh chuva
chuva que me mata
derretendo o meu corpo
sou uma lesma afogada
de olhos que perdem cor
de cada passo
em que escorre a dor
na esperança de um sol