sábado, abril 18, 2009

..and sometimes i find myself thinking

..e então às vezes ponho-me a pensar, porque hei-de eu buscar aquilo que nem sequer sei se em mim quero . 
e eventualmente surgem aqueles momentos em que só me apetece atravessar as pontes que de mim crio e desligar o interruptor daquilo que serão os gestos (não) pensados, e possivelmente nunca ensaiados, nos palcos de giz transparente. mas acabo por não desligar, e chego à margem que não sei conhecer, mas que imaginei e criei e que por isso existe por entre os segundos que nela intercalam e se balançam. suspendo-me nas cortinas riscadas pensando que este será o ultimo momento da peça, e quando minha boca se prepara para ouvir aquela que seria escrita a minha última fala, já meu corpo se dirige para o prefácio. rescrito e revisitado vezes sem conta pelas pontas dos (seus) dedos.
e mesmo quando surge aquela ansiedade de querer entender e explicar aquele vontade insípida de sabor flutuante, mas que não quero, não posso, deixar de sentir, a tentativa de virar os pés para o deserto e deixar o momento é totalmente inoportuna e minha pele ignora-a como que se de um ponto final abandonado se tratasse. porque quando as palavras deixam de existir, e apenas o calor se ouve, não é meu pensamento que (te) responde mas sim todas aquelas porções, ínfimas e escondidas, que a mim me fazem e que de mim existem.
..e então às vezes ponho-me a pensar, porque hei-de eu buscar aquilo que nem sei se em mim quero .
e eventualmente as imagens do que pretendo largar cravam-se em mim como se o suor permitisse o não despegar do tempo. e, apesar de as mãos buscarem esses papeis a preto e branco para os largarem nos ventos que trazem os cheiros que tanto (demais) conheço, perdem-se nos trajectos sombrios e perfeitos que a voz castiga. 

talvez seja o silêncio das coisas a mostrar que nem sempre o caminho marcado é o percorrido pelo infinito, talvez seja o escuro a dizer que a média luz exibe o que deseja ser por demais escondido.
talvez eu não queira saber .
..e então às vezes ponho-me a pensar se o silêncio do escuro não será apenas o tempo daquilo que em mim adio, por saber que real, será apenas imaginado em mim.

segunda-feira, abril 06, 2009

Não sei bem porquê

Existem aquelas alturas em que simplesmente não apetece pensar, rever, resistir, ou mesmo deixar andar. Na transparência de algo que ainda não começou mas que sabemos bem, estár prestes a começar. Entre outras coisas que não percebemos bem se estão a decorrer, e ainda aquelas que temos a cerrteza irem acontecer, mas não sabemos bem quando.
Seria provavelmente oportuno pedir desculpa por não conseguir exprimir as minhas ideias de forma mais clara. Porém o facto de me desculpar não é oportuno nesta fase, porque, simplesmente é me impossível estabelecer a ponte de comunicação com as pessoas de uma forma mais simples e clara. Será que és tu que não consegues compreender a minha maneira, ou sou eu que não compreendo a tua. É uma questão pertinente com a qual me debato diáriamente há anos e não consigo encontrar resposta.