quarta-feira, fevereiro 21, 2007

O meu país

Porque as palavras são sentimentos e os sentimentos são também imagens, aqui vos deixo as minhas palavras de hoje.
Um cheirinho dos meus dois ultimos fins de semana.


Barragem do Fratel - Rio Tejo


Penedo Durão - Rio Douro


Penedo Durão - Rio Douro


Leiria


Leiria - Nascente do Rio Liz


Leiria - Nascente do Rio Liz


Leiria - Nascente do Rio Liz


Leiria - Nascente do Rio Liz

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Só mais um pouco...



Mais uma vez estas folhas sujas de palavras que já não tenho a certeza de desejar conhecer.
A cabeça pesa e alma começa a chorar em pequenos, firmes soluços. Minha mão deformou de tanto desenho de letra e meus músculos já mal respondem por mim.
E pensar que do lado de lá da geometria rasgada há ar fresco...
E pensar que por detrás da transparência há um mundo inteiro que me sinto a perder...

Olhos fechados.
Asas abertas.
Balanço-me entre o passado, presente e o futuro.
Perco a hora, deixo a porta aberta e deixo de morar em mim.
Perco o norte e o sul.
Perco a esquerda, a direita e tudo se entorta, tudo se enrola. Espirais de voos expontâneamente experimentados e livres de bom-senso.
Largo-me por instantes e existo apenas no espaço inexistente de mim.

Sabe bem quando te encontro nas viagens que estremecem quase perfeitas no meu peito. Sabe bem ter-te por perto quando me desencontro da realidade que circunda ásperamente meu ser. Sabem bem as palvras surdas que me dizes, sem falar, para acalmar meu espirito abandonado.

Regresso novamento plena de força e despida de culpas.
E, no relógio, os minutos não passaram durantes as horas, dias e anos de ausência da minha presença, e tu... nem te mexeste do sítio onde estás, calmo e alheio da viagem que fizeste comigo.

Só mais um pouco, penso.
Só mais um pouco...

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Aqui, neste quarto solitário


Aqui, onde me encontro sentada, numa cadeira velha, pensativa com o que não interessa, vejo-me nesta sala fechada ao mundo, isolada dos sons, num cenário de claustro solitário como um porto de abrigo e ouço o que o mundo revela aos poucos na presença de uma luz fosca de uma vela por acabar.

Na minha mesa tenho uma pena e tinta. Pego-lhe e acariciando-a inicio movimentos num papel rasgado. Olho para a cama por fazer e penso que eu própria um dia a habitei! Está fria...tem falta de alguém!
Visualizo pessoas no rés-do-chão que dançam ao barulho de um rádio, outras tantas que cirandam sem saber o seu rumo. No entanto, foco-me num pianista que imite uma melodia que me não é estranha.

Um carro passa apressadamente. Um portão grande de metal fecha-se.

Meu deus... sinto-me apavorada! Deixem-me voar sem asas para o sítio daqueles como eu!
Ahh...sossego! Olho para a lua que me sorri e vejo as nuvens a passar devagar em seu redor. É irreal a noite que sinto em mim... Mas o único pensamento que me surge é de minha presença na imensidão de um quarto abafado. Sou eu mais uma vez, só eu...neste ambiente de fantasias!

domingo, fevereiro 04, 2007

Deixar-me levar, Deixar-me perder



Sentir o frio que me empurra para as paredes do Ser.
Sentir o vento que me arrasta nos caminhos do Saber.

Deixar-me levar
Deixar-me perder…

Acreditar nas cinzas renascidas de alma renegada por vezes de desprezo acrescido

Ver-te maravilhosa Natureza, escrever as regras dos sucessivos ardores do Pensar e do Sentir.

sábado, fevereiro 03, 2007

A Bad Trip Is Just A Bad Trip

Ainda surgem ondas de harmonia

Bastando apenas ser p’ra ser
Atando o fogo à água fria
Deixando o gelo arrefecer

Triste, ainda pode aquecer.
Rasga a alma, agonia
Insiste em continuar
Paira no ar a melodia,

Invade a ânsia de perder,
Sente no corpo a magia,

Já houve um dia luz!
Um canto escuro
Serve de abrigo inseguro.
Tragedia quebra a emoção,

Atira o corpo podre ao chão.

Batem as asas, corvos negros.
A vida queima e não seduz.
Desce e sobe a ironia,

Transborda e escorre
Realidade e fantasia…
Isto não vai continuar!
Parou, é tempo de voltar!