quarta-feira, outubro 28, 2009

Querida Amiga!
Penso desde o início que deveriamos escrever uma para a outra, que deveriamos ler aquilo que escrevemos.
O quê, algo genial? A nossa opinião (genial)?
Perco o meu tempo a encontrar as minhas palavras nas letras das canções que oiço, a deambular em todas as palavras que eu sinto, precisam de ser ouvidas, repito-as vezes sem conta... para mim, para ti, ou para ele.
Escrever é como correr, ouvir música é como andar de mota. De mota, em grande velocidade, sentimos o vento na pele, a paisagem passa radiante a 100 à hora e mais. Correr requer vontade inspiração, requer esforço e aoutodisciplina. Porque me custa tanto dizer a mim mesma o que sinto, Quero tanto dizê-lo aos outros, quero tanto que alguém me faça essa pergunta da mesma maneira que se pergunta a hora marcada para o jantar de sabado à noite, quero saber dizê-lo em 6 palavras, em 2 estrofes e um refrão. Gosto de sentir que mais alguém sente como eu.
Poque não me pergunto a mim mesma como me sinto, como se essa pegunta não me interessasse. Porque não me pergunto a mim mesma como me sinto da mesma maneira que pergunto a que horas é o jantar de sabado? Poque não consigo responder com a mesma clareza? Em toda a complexidade da nossa língua não heverá palavra adequada para cada um dos sentimentos, ou será esquecimento?
Procuro no dicionário, meu fiel ajudante, a palavra ajudante, porque sinto que na realidade não é própriamente, o papel que ele desempenha. Auxiliar?! Acólito?! - Por favor! - Empregado?!! - Não, não é nada disso, é um inútil! Só serve para baralhar as idéias.
Pois, mas eu não quero saber como te sentes quero apenas dizer-te como me sinto, para me dizer que te sentes como eu, para sentir que estamos no bom caminho.