segunda-feira, março 12, 2007

A sonhar uma realidade



Eu penso em ti meu amor. Eu penso em ti constantemente. A tua imagem em mim e como o sopro de um vento quente, que me invade o corpo quando penso em ti meu amor.
Sinto a falta da tua presença junto a mim. Imagino um beijo teu, numa situação ocasional em que ainda não nos conhecemos. E como se não te conhecesse, imagino-te como um sonho, como uma onda de calor que me atira ao chão numa noite de verão. E imagino o teu corpo por cima do meu, apertando-me contra areia numa praia vazia. Sinto o teu cheiro que me possui. As tuas mãos meigas percorrem a minha pele, acariciando, cortando o leve manto que me cobre, enchendo-me de um desejo quase insuportável. Entro em êxtase. Sinto os teus lábios húmidos, desejo-te mais do que nunca.



As tuas mãos escorregam pelos meus braços suados, agarram-me os pulsos. Sinto a tua força, o teu poder sobre mim. E rendo-me a ti inteiramente. O teu peito une-se com o meu. Os nossos corações batem ritmicamente ao mesmo ritmo.
E vejo o meu corpo por cima do teu, percorro a tua pele com a minha face. A tua língua que se enrola com a minha num longo beijo, tão forte. As tuas mãos seguram os meus cabelos, apertas-me contra os teus lábios, beijas-me a face, o pescoço, mordes-me. Os nossos corpos entrelaçam-se e a areia que nos envolve é veludo. Eu percorro o teu corpo com os meus lábios, respiro sufocada pelo calor que nos envolve. O teu desejo, o meu desejo. E já não estamos presentes no universo. Existimos apenas um para o outro. Somos apenas um foco de luz e existimos dentro dele.
Os teus dedos deslizam pela minha pele, seguras-me nas ancas, respiras o meu cheiro. Eu aperto as tuas nádegas. Penetras-me… Fundimo-nos num prazer imenso, incontrolável. È como um som, que se torna tão agudo, que o deixamos de ouvir. Eu grito, beijo-te, tu beijas-me, seguras-me apertas-me, tu gritas.
A minha pele quer fazer parte da tua, as tuas mãos querem penetrar a minha pele. A nossa respiração ofegante, passa a ser apenas uma. E nós partimos e de repente eu tenho a noção de que nunca estivemos separados. Que somos um do outro como de nós mesmos.